quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015


                                                                                                                 
A PALAVRA FINAL                                                  
Adicionar legendaELÉMER HORVÁTH, Poeta
Húngaro. Estudou em budapeste, com a
revolução de 1956 fugiu para Itália, de lá foi
para os Estados Unidos. Escreveu seis livros
em Húngaro. Premiado em 1967 com o prêmio 
Robert Graves e Áttila Joszéf.

A Palavra final pertence ao Editor
ele tem um secretário da cultura                                              
o Secretário tem um primeiro-ministro
o Primeiro-ministro tem um governo
o Governo tem uma polícia
a Polícia tem armas

Eu tenho um poema
o poema é um tirano
recusa assumir compromissos
no sentido estrito da palavra
é a palavra final

a neve é azul como uma laranja

" POESIA SEM DONO" novo CD de Rodrigo Felga

 O novo CD do cantor e compositor, Rodrigo Felga “Poesia sem dono” está como adesivo de sucesso. Com produção impecável, este novo trabalho trás Rodrigo, com uma pegada deliciosa de um pop bem cuidado e pulsante.
 Segurando a instrumentação, o auxílio luxuoso de uma leva de bons músicos costura arranjos bacanas, vibrantes que determina o a qualidade do CD. Não é nenhum exagero afirmar que Rodrigo Felga é um compositor que consegue tirar de sua caixa de inspiração melodias tão bonitas que não fica a dever nada aos achados felizes dos grandes da MPB.
 Privilegiado com uma voz de textura agradável e encorpada, Rodrigo canta sem lançar mal de arabescos inúteis e nem de impostação brega.
 Simplesmente canta, interpretando com bom gosto as canções e tudo flui naturalmente. Este músico Ponte-novense, em tão pouco tempo, assenhora com seu talento espaços e ouvidos cada vez mais exigentes. -Anotem! Rodrigo Felga é uma das mais felizes revelações da música mineira. Este CD “Poesias sem dono é selo disto”. Não há como não possuir.

LUZES SOBRE A ESCRAVATURA

Recém-lançado  o livro “Roda de saberes no Cais do Valongo” do escritor, etnólogo e cineasta Ponte-novense, Délcio Teobaldo,  Trata da questão da escravatura e a complexidade da cultura de resistência do povo negro a partir do Valongo, região portuária que recebeu mais de um milhão de africanos. Os tristes acontecimentos nesta região foram apagados pela historia oficial. Agora, com a descoberta deste caís, o interesse em aprofundar na compreensão da Diáspora Africana e da sociedade Brasileira se intensifica. A obra de Délcio Teobaldo vem a contribuir.


BELISQUETE QUETE QUETE.

 O Bloco do Bilisquete recém criado, cresce a cada ano e arrasta multidão. Crianças, Adultos, idosos, papagaio, periquito e o escambau botaram pra quebrar. A palavra de ordem “SOS Natureza”deu o tom da Festa. Fiéis ao legado do Bilisquete, os foliões chutaram tristezas, brindaram a vida num descontraído encontro debaixo da tenda branca que deu mais aconchego a folia. Tudo na divina paz, sem brigas, sem barracos. Quem foi pôde confirmar que a semente de um novo tipo de carnaval para Ponte Nova está lançada, e germina noutro formato. Um animado folião jurou que viu no céu Bilisquete em sua famosa dançinha sorrindo de felicidades e mandando aquele abraço para o Bloco e para cidade . É... pensando bem, tem tudo haver.

Todo o mundo na diversão 
só sorrisos

Felipe Polesca, Lorena e Felipe Mucci-organizadores



QUERER QUERENDO, FAZER FAZENDO.

Todos adocicam a boca para falar que Ponte Nova é a Terra da Goiabada. Os "puliti-cus" adoram sair por aí lorotando, quando em campanha, " que se forem eleitos vão promover a goiabada, incentivar o empreeendedorismo rural em torno da goiaba". Mas o que a gente vê que nada disto acontece. Blá blá blá .Algumas cidades que fazem goiabada e nem tão boa quanto a de Ponte Nova, já estão a mil, promovendo, vendendo e até já têm festa da Goiabada. Por aqui, não passamos da conversa fiada. Não se organiza nada, não se dá continuidade a nada. Até hoje a Secretaria de Cultura não projetou a festa e nem liderou processos para que ela acontecesse. Além de Cultura o nome da Secretaria se estende para turismo. -Pois é! um dado cultural como a goiabada podia ser pensado como algo que poderia esboçar uma ideia de atrair para a cidade gente que valoriza isto. É querer querendo, fazer fazendo, como diz o humorista Chaves.
PAINÉIS DO HOTEL GLÓRIA-(Ponte Nova)

Bem comum no começo do século XX os palacetes, Fazendas, casarões, Hotéis e instituições públicas terem as paredes s ornadas com pinturas. Quanto mais imponente as construções, mais  elaboradas eram os trabalhos artísticos. Muitos artistas viajavam para o interior de Minas executando encomendas dos senhores rico daquela época.
 As representações dos quadros obedeciam ao gosto neoclássico herdados da Europa. Este estilo acadêmico aportou no Brasil com a chegada da Corte Portuguesa fundindo com o tempo com a estética Romântica, daí o ecletismo no tratamento arquitetônico e pictórico.
Em Ponte Nova o Hotel Glória é um exemplo desta influência. Chamam atenção as pinturas no seu interior. Ali estão gravadas cenas românticas, idílicas, que transmitem a sensação do retorno a um mundo idealizado na natureza.Não se sabe quem foi o pintor das obras do Hotel.
 Desgastadas pelo abandono em que se encontra o Hotel, há o risco de se perder este elemento artístico, tão representativo de como a arte era fundamental na composição e decoração  do ambiente. A ação do tempo segue implacável sobre todo o hotel e principalmente sobre esta manifestação de arte e gosto rica de significado.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Linda, genial e intensa


Anne Sexton foi uma brilhante poetisa americana, que encheu a cara até morrer: dizia que beber para ela era um treinamento para o suicídio (que tentou várias vezes, até acertar em cheio: trancou-se na garagem e ligou o carro). Foi aluna de Robert Lowell na Universidade de Boston (e colega de Sylvia Plath). Introduziu na poesia temas inéditos e pouco “líricos”, como a menstruação, o aborto e a masturbação (não, ela não era daqueles pessoas que vivem fazendo coraçõezinhos com as duas mãos). Era linda de morrer (por isso publico também a foto), mas triste como um cipreste

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015


BASHÔ , mestre do haicai, mestre da vida.

O corvo pousa
Em um galho morto
Noite de Outono


De seu pai, Matsuo Yozaemon, sabe-se que foi um Samurai. De sua mãe pouco. Aos 40anos (1684), andarilho andou por diversos lugares ensinando poesia. Matsuo Munefusa, nome adotivo quando se tornou samurai, mas ficou famoso como Bashô. 
Entre outras versões para este nome a mais conhecida diz que tem origem no fato do mestre habitar uma cabana onde existia uma bananeira que se chama Bashô-an em japonês. Por esta versão: quando sem visitantes, sentava-se quieto ouvindo o vento através das folhas de bananeira compunha suas poesias (haicais).
 Bashô observou o mundo através da força e beleza da natureza. Usou imagens simples e um toque Zen-budista em seus poemas. Sua sensibilidade e profundidade fez dele a grande expressão da poesia japonesa. Força da vida emergindo do vazio para preencher o todo.
OS BELOS VITRAIS DA MATRIZ DE SÃO SEBASTIÃO DE PONTE NOVA 

A Igreja de Ponte Nova é uma das mais bonitas da região. Sua concepção arquitetônica assenta-se no Gótico tardio Alemão, contrastando com a predominância do estilo latino na zona da Mata.
Entre vários detalhes o que mais encantam são os vitrais. Este elemento decorativo Nascido no oriente no séc. X floresceu na Europa na idade média.
 A Igreja Matriz de São Sebastião de Ponte Nova por força de sua estética abriga
 vitrais que servem como filtros de luz dando um clima de religiosidade e inflexão ao interior da Igreja.
Na entrada do Colégio Dom Helvécio e na igreja de São Pedro (Palmeiras) mesmo não sendo góticas, há belos vitrais. Interessante passear por nossas igrejas reparando as belezas dos detalhes.

sábado, 21 de fevereiro de 2015

E VAMOS QUE VAMOS !

Tendo no seu DNA a vocação de cidade-pólo, Ponte Nova sopra 148 anos de história. Não é pouca coisa. Mesmo amargando nos dias atuais "deprê" econômica e política, ainda dá o acorde para a região. Neste a nota da cultura ecoa sonante. Expressões culturais diversas encontram nessas quebradas de açúcar e suínos um campo onde muito se fez, faz e há de se fazer. Verdade que a cidade mudou. Se por um lado, Ponte Nova, ainda patina na lentidão de província, por outro fricciona tesão metropolitano. A convivência do arcaico com o querer moderno se bicam em esquinas, morros e ladeiras. Caídaça no prestígio para além fronteiras, amarga um desdém dos poderes mais altos. Confirma-se a ideia de que só o binômio economia e política fortes fazem uma cidade estufar o peito. Enquanto não se restaura uma nova onda de prosperidade , vai o município se arrastando morro acima sua toada nostálgica de um passado glorioso que não volta mais. Saudosa e esperançosa a cidade vai experimentando... experimentando... e experimentando sorridentes gestores de blá blá blá , trombeteiros de amanhãs felizes. Quatro décadas deslizam perdidas na parolagem de que " um dia a coisa vai". Nesse quadro de colagens de imagens esmaecidas a Cultura vem acontecendo e seus agitadores pressionando a pesada aparelhagem oficial para que acerte o passo e dê tenência às novas linguagens e demandas.